quarta-feira, 19 de maio de 2010

A CANÇÃO DA FUTURIDADE

Tu vês as árvores, vê os pássaros, o que sucede, os dias e as noites...
Vês a primavera que retorna sempre depois do inverno, e o outono que vem após o estio; vês raízes, rios , nuvens, pássaros...
Com os tons mais variados e com os sons celestes!
Eu revejo enamorada o rio que me fala sempre, ainda, sempre, de dia de noite, á luz do sol e á das estrelas; repete aos meus olhos e aos meus ouvidos, com a água descendo perenemente, um murmúrio que não cala nunca!
É quando o Amor canta a mais bela canção da FUTURIDADE.
Eu, repara tu, sou o tempo que passa, e , vindo do alto, desço, sempre, sempre, sem nunca parar, até o levo nas corredeiras e restituo ao mar as gotinhas das geleiras.
Porque eu nunca descanso, sou um tempo que vai passando e que não retorna jamais ao mesmo lugar!
Às vezes quisera voltar atrás, mas em vão se resiste ao tempo que passa, à onda que desce e, após uma pequena paragem, também a onda rebelde e arrastada pelas outras, que vêem depois, e desce e desce lá, donde não se volta mais. Assim é a FUTURIDADE!

Efigênia Coutinho

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